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Domingo, 11 de Novembro de 2007

Mais um ataque

No Publico on-line pode ler-se  mais uma notícia sobre a violência nas escolas. Dela saliento a seguinte opinião

«Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), que garante que "a globalidade das famílias assume as suas responsabilidades ao nível da educação dos filhos".

 

Ao invés, o responsável da Confap aponta o dedo aos docentes, alegando que muitos se demitem de exercer a sua autoridade junto dos alunos e que agem com grande condescendência relativamente a situações de indisciplina.

 

Só isso explica, na sua opinião, que uma mesma turma possa ter um comportamento impecável com um professor e ser altamente indisciplinada com outro, o que diz acontecer com frequência»

 

O senhor Albino não sabe nada. Não conhece a realidade. Que sabe ele do que se passa dentro das salas de aula onde há problemas graves de indisciplina e violência? Nada.

Como sabe ele que alguns professores têm problemas de indisciplina e outros não têm,  na mesma turma? Está lá para ver?

Sabe apenas o que dizem os que alegam não terem problemas de indisciplina. Talvez o senhor Albino não saiba que há professores que calam as agressões (físicas, em algumas situações), sofridas dentro da sala de aula, por saberem não ter o apoio dos Conselhos Executivos, terem vergonha de serem apontados a dedo e terem medo de consequências mais graves? São esses professores que lhe dizem não ter problemas de indisciplina? O senhor Albino conhece? Eu conheço.

Há professores que não actuam disciplinarmente? Claro que há, mas são uma minoria, ao contrário do que diz o senhor Albino e ainda menos na perspectiva em que o diz.

Eu, ao contrário do senhor Albino, conheço professores que têm alguns problemas por actuarem de modo  firme e quererem impôr ao disciplina. Não é bem visto. Afasta os alunos da escola.

A culpabilização dos professores ganha adeptos, não resta dúvida, e essa atitude sabe-se bem onde começou.

 

publicado por Paulo às 22:26
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Sexta-feira, 13 de Abril de 2007

Estatuto do aluno

A proposta de revisão do estatuto do aluno dos ensinos Básico e Secundário aprovada em Conselho de Ministros, de acordo com as notícias divulgadas, traz três “novidades”.

a) desburocratização do processo conducente à  aplicação de medidas disciplinares

b) aumento da frequência da comunicação aos encarregados de educação de faltas injustificadas

c) obrigatoriedade de exame para os alunos que ultrapassem o limite de faltas injustificadas.

As informações são vagas, parecendo-me que os efeitos poderão não ser tão eficazes como a publicidade quer fazer crer.

Para se perceber melhor o alcance do novo texto será necessário ter acesso ao seu conteúdo completo, que ainda não está disponível, mas duvido que esta lei, só por si, modifique significativamente a situação actual.

Não adianta comunicar muitas vezes as infracções aos encarregados de educação, quando eles, por mais que sejam chamados, não vão à escola, ou quando não têm capacidade de actuar sobre os seus educandos. E nos casos mais graves de indisciplina, é isso que ocorre.

De notar ainda a medida contraditória, que insiste na ida dos encarregados de educação à escola, mas que inibe os professores que são encarregados de educação de o fazerem, penalizando-os pelas faltas dadas por esse motivo.

De todas as medidas anunciadas, parece-me que a desburocratização da aplicação de medidas disciplinares será a que poderá ter efeitos maiores a curto prazo, mas que se diluirão, caso não haja uma outra atitude, quando os professores começarem a ser pressionados para não as aplicarem.

Essa situação já ocorre actualmente. Perante o caso de um aluno, sempre indisciplinado, que o professor decida sistematicamente mandar sair da aula, ao fim de duas ou três aplicações dessa medida a “ instituição” vai pedir responsabilidade ao professor sobre o seu modo de agir. A indisciplina do aluno e os efeitos que tem na aprendizagem dos outros alunos deixa de ser importante. É o professor que não sabe resolver a situação. Infelizmente estes casos são frequentes.

Qualquer instrumento que venha melhorar a situação que se vive nas escolas é bom, mas esta legislação é apenas isso, mais um instrumento que isolado, poderá não resolver muito.

Tão importante como castigar a indisciplina, seria fazer perceber aos alunos e encarregados de educação que a escola é um local de trabalho e de estudo, e que a aquisição das habilitações escolares é fundamental para o futuro.

Pode haver muitos instrumentos para penalizar quem se porta mal e facilidade na sua aplicação, mas depois o sistema obriga a que esses alunos continuem na escola, e se não passarem arranjam-se mil modelos curriculares para que eles transitem, mesmo que não tenham aprendido nada, para desse modo ficarem com as habilitações consideradas mínimas.

Ou seja, mesmo o aluno que se porte muito mal, irá sempre continuar a frequentar a escola, e se não passar, baixar-se-á cada vez mais o nível de exigência para permitir que ele passe, até quase se chegar ao limite de ser promovido por antiguidade.

Esta legislação que é proposta é um dos instrumentos necessários, mas só por si não resolverá a situação da indisciplina e violência na escola e conduz-me para outro, (será que é mesmo outro?), tipo de questões.

Há incompatibilidade entre massificação e qualidade/exigência? Há incompatibilidade entre disciplina e massificação do ensino? Há incompatibilidade entre escolaridade obrigatória e exigência? Há incompatibilidade entre a necessidade de elevar os níveis de certificação  das  habilitações e a exigência para obter esses níveis?

Há alguma relação entre indisciplina e currículo?

Muitas outras questões poderiam ser colocadas, para as quais eu não conheço a resposta absoluta, (se é que isso existe).

Embora nestas discussões se tenha a situação de cada cabeça sua sentença, estes assuntos têm que ser discutidos. Não apenas com base em modelos teóricos, mas na análise dos efeitos que algumas medidas concretas têm provocado. Não apenas com as opiniões de quem gere, de quem elabora os modelos e os propõe, mas com base nas opiniões das pessoas que os estão a aplicar dentro das salas de aula, frente aos alunos.

publicado por Paulo às 09:37
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Terça-feira, 3 de Abril de 2007

Os números da violência escolar

Os dados desta notícia, não sendo oficiais, pois são provenientes de uma linha que atende de forma  anónima, são preocupantes, embora a realidade possa ter valores mais elevados. Não conheço o funcionamento da linha, mas não me espantaria que aqui recorressem mais, aquelas pessoas que acabam por não apresentar qualquer queixa oficial. Existem casos em que o agredido não  apresenta queixa, nem sequer aos órgãos de gestão da escola. Por que será? Óbvia falta de confiança nesses órgãos e na justiça em geral. E pr vezes,… vergonha. Se acrescentarmos à agressão física a violência verbal, os números serão muito mais altos. Neste momento, a muitos professores, aplica-se um velho “dito” lusitano, que diz que “menina séria não tem ouvidos”. Há casos de agressão verbal inaudita em que o docente simplesmente ouve e cala.

Como sempre a informação jornalística é dúbia e incompleta, deixando portas abertas a várias interpretações.

No início do texto há a informação que a linha SOS não tem parado de tocar com mais de uma queixa por dia, indicando 150 agressões. Mais à frente indica  128 telefonemas e o registo de 50 queixas por agressão. Em que ficamos?

Das agressões refere que 37,2 % dos agressores são os alunos e 21% são os encarregados de educação. Quem são os outros 40% dos agressores? Auxiliares de acção educativa?  Outros professores?

O assunto é demasiado sério e grave para ser tratado jornalisticamente de forma tão leviana.

publicado por Paulo às 10:48
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Sexta-feira, 9 de Março de 2007

A estatística e a violência nas escolas

Já conhecia a teoria que culpabiliza o agredido, nas situações de violência escolar, para justificar a inocência do agressor. O professor tem sempre culpa pelo facto de ser agredido.

Agora fiquei a conhecer a “teoria da estatística” aqui.

Um professor é agredido?

É normal, desde que esteja abaixo dos 20% do total de agressões que ocorrem no país.

Podemos ampliar esta teoria. Quantos homicídios ocorrem por ano no país? Não sei quantos são mas vou atirar um número: 20.

Houve dois assassinatos na escola? Não é grave. Pelas estatísticas poderiam ocorrer quatro.

Haja mais respeito pelos professores agredidos nas salas de aulas e à porta das escolas, e pelos que engolem sapos enormes para evitarem ser vítimas de agressão. Não falem do que não sabem nem do que não sentem.

publicado por Paulo às 11:51
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Sábado, 11 de Novembro de 2006

Violência nas escolas

Esta notícia deveria fazer meditar os responsáveis de algumas escolas, com o "faz de conta" que não sabem o que se passa em algumas salas de aula. Este caso foi conhecido mas existem inúmeros que ficam no silêncio das salas de aula, ou de conselhos de turma disciplinares pressionados a tomar medidas paliativas.

Muitas vezes os professores calam com medo. São sujeitos a agressões físicas e verbais e calam. Calam por não verem o apoio necessário nas estruturas; desde os conselhos executivos ao gabinete ministerial. Calam porque sabem que no final são considerados culpados das atitudes violentas dos alunos.

O que se passa neste momento, em alguma turmas de curriculos alternativos do ensino básico deveria ser alvo de profunda análise.

Os professores entram na sala com medo, ansiando pelo fim do ano para se verem livres da tortura a que são sujeitos. Não ensinam nada, porque sabem que os alunos também não querem aprender nada. Apenas sabem que no final do ano há que atribuir positiva. Assim ficam livres, pelo menos daqueles, sempre na esperança que os do próximo ano sejam um bocadinho melhores. Tentam sobreviver dentro da sala de aula, mantendo dentro do possível um aparente equilíbrio emocional que não os deixe serem apontados como "casos" pelos restantes colegas e pelos orgãos de gestão.

 

publicado por Paulo às 15:00
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Quarta-feira, 28 de Junho de 2006

A Ministra da Educação e os jornalistas

Depois de ter criticado a falta de preparação dos jornalistas para entrevistarem a Ministra da Educação, não posso deixar de salientar a resposta dada no jornal Público de hoje, pela jornalista Mafalda Gameiro, às acusações que a senhora ministra lhe fez a propósito da sua reportagem sobre a violência nas escolas.(Infelizmente a resposta só está disponível na edição paga).

publicado por Paulo às 12:40
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Segunda-feira, 12 de Junho de 2006

Onde estava a Ministra da Educação...?

Há alguns anos atrás num programa de televisão foi popularizada uma pergunta que era feita aos entrevistados: onde estava no 25 de Abril?

Neste momento apetece-me perguntar à Ministra da Educação: onde estava quando uma professora foi agredida numa escola básica no Lumiar, em Lisboa?

Depois de tanto denegrir a imagem dos professores, culpando-os de todos os problemas da educação, de tanto contribuir para o degradar a imagem da classe docente, seria de esperar que, perante o acto de violência praticado pelos familiares de um aluno contra uma professora, a Ministra da Educação viesse aos órgãos de comunicação social, (no mínimo), ou comparecesse na escola em causa, (a melhor atitude), defendendo a professora e mostrando ao país que está ao lado da classe docente.

Que sucedeu? O silêncio e a ausência.

A Ministra da Educação perdeu uma boa oportunidade de mostrar inequivocamente aos professores de que lado está nesta questão da violência escolar.

Perante este silêncio espero não ver surgirem brevemente vozes oficiais, (ou oficiosas), a fazerem coro com alguns idiotas que já vagueiam pelas ondas hertezianas, e por outras meios de comunicação, culpando os professores da violência escolar.

Já têm tantas culpas, que mais uma menos uma….

 

publicado por Paulo às 18:18
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Domingo, 14 de Maio de 2006

Violência nas escolas

Numa reportagem ouvida na TSF sobre a violência na escola, ouvi duas opiniões que me deixaram alguma preocupação.

Numa delas alguém, penso que uma professora, referia que não acreditava que um aluno pudesse agredir um professor se este tivesse sido justo.

É aterrorizador haver quem pense desta forma dentro de uma escola. Voltamos ao mito do “bom selvagem” que eu pensava que já ter sido ultrapassado.

Este raciocínio aplicado à criminalidade geral traria conclusões muito interessantes.

Outra opinião referia que muita da culpa caberia aos professores, pois por vezes na mesma turma, perante um professor que se queixava dos alunos havia outro que não apresentava qualquer problema de relacionamento com a turma. Embora não duvide que em algumas situações os professores poderão ter alguma culpa na existência da indisciplina, o argumento apresentado pela entrevistada é completamente inválido. Já vi muitos professores que realmente não costumam referir ter problemas com os alunos, que nunca têm problemas de indisciplina, mas…, dentro das salas em que “tentam dar” as aulas “vale tudo menos arrancar olhos”. No entanto esses professores não vêm nada de anormal no comportamento dos alunos. Pelos vistos, para quem exprimiu a opinião, quem não se queixa está bem, os que se queixam são culpados.

Infelizmente para as pessoas que emitem estas opiniões a principal culpa é a do agredido. Com mais ou menos veemência tendem a defender o aluno, (agressor), e a acusar o professor, (agredido). As senhoras que exprimiram estas opiniões fizeram-me lembrar aqueles que acusam as mulheres violadas de provocarem os violadores. Que parte, ou até a totalidade, da culpa é delas. O raciocínio que fazem é o mesmo, apenas o contexto é diferente.

sinto-me: Irritado
publicado por Paulo às 20:24
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