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Os alunos do 3º ciclo do ensino básico têm o seu tempo dividido por mais de uma dúzia de disciplinas. Muitas têm 90 minutos por semana, uma única vez, e outras estão divididas em duas aulas de 45 minutos.
Não consigo perceber como é que se pode aprender uma língua estrangeira com uma aula de 90 minutos uma vez por semana.
Ainda não há muitos anos, as disciplinas eram leccionadas três vezes por semana por se considerar que com duas aulas, nesse tempo com a duração de 50 minutos, os alunos não adquiriam um ritmo de aprendizagem favorável.
Actualmente há indicações para que nos horários, pelo menos a nível do Secundário, as aulas de língua estrangeira não sejam leccionadas em dias consecutivos, pois alguém, do alto seu saber, decidiu ser impróprio tal acto, já não considerando que exista tal problema com a Filosofia ou o Português. No entanto já se considera normal que um aluno aprenda francês, inglês ou espanhol com uma aula de 90 minutos semanais.
Claro que há escolas que contornam a situação. Aproveitam a aula de Estudo Acompanhado para, semanalmente, de forma sub-reptícia, acrescentarem um tempo a estas disciplinas.
Eu também acho preferível que os alunos tenham Francês, Geografia ou Ciências, em vez de estudo acompanhado, onde a maior parte das vezes, não estudam nada, seja com ou sem acompanhamento. Já não concordo com a forma como isto é feito. Porque não assumem estes Conselhos Executivos, perante a tutela, o absurdo deste currículo, explicitando estas atitudes tomadas? Porque fazem de conta que não há problemas com o currículo?
Esta submissão ao poder não ajuda nada a resolver os problemas.
Ajuda a que tudo continue na mesma, mas se calhar… talvez considerem não ser conveniente fazerem ondas.
Do mesmo modo que o Ministério da Educação obrigou, (e muito bem), todas as escolas secundárias a atribuírem 2 tempos lectivos à disciplina de Educação Física, acabando com a desigualdade entre as escolas, também deveria tomar igual atitude em relação ao ensino das ciências experimentais.
No terceiro ciclo do ensino básico cada escola faz o que quer, ao sabor das sensibilidades e vontades dos órgãos de gestão. Se lhes apetecer desdobram as turmas, se não apetecer, não desdobram. Se lhes apetecer desdobram 90 minutos, se não lhes apetecer, desdobram apenas 45 minutos.
Nãos se pode continuar assim. Espero que no próximo ano lectivo sejam tomadas medidas em relação a esta situação. O ensino experimental tem que ser levado a sério, e, infelizmente, em algumas escolas terá que ser imposto.