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Não quero parecer pessimista, mas, conhecendo a realidade, achei estranhos estes números.
Fui pesquisar no documento original.
Verifiquei que a minha apreensão tinha algum sentido. Os valores não foram obtidos por análise daquilo que os inquiridos sabem fazer, mas daquilo que eles dizem saber fazer, o que, não conhecendo o que se passa nos outros países, me deixa sérias dúvidas sobre a semelhança dos resultados do inquérito com a situação real.
Ainda mais dúvidas tenho, quando leio que para ter conhecimentos de alto nível, o utilizador terá que saber realizar 5 das seguintes 6 tarefas indicadas:
1) Copiar ou mover um ficheiro ou uma pasta
2) Usar as ferramentas copiar e colar para duplicar ou transferir informação entre documentos
3 ) Usar as operações matemáticas básicas numa folha de cálculo.
4) Comprimir ficheiros
5) Ligar e instalar periféricos tais como impressora ou modem.
6) Escrever um programa informático usando linguagem especializada.
Quem é que conhecendo a realidade escolar, acha que 49% dos jovens entre os 16 e os 24 anos sabe fazer 5 destas 6 operações?
A diferença está entre o "diz que sabe fazer" e o "saber fazer".
Estes números, do meu ponto de vista, não têm validade.
Experimentassem perguntar aos jovens se eles saberiam responder às questões que normalmente são colocadas nos testes PISA. Se saberiam resolver problemas de aplicação dos seus conhecimentos escolares a situações reais? Será que muitos não diriam que sabiam fazer? O problema é quando têm que fazer, e os resultados estão à vista.
Qualquer professor sabe que se quer assegurar-se de que um aluno sabe fazer a tarefa X ou Y, não lhe pergunta se ele a sabe fazer. Manda o aluno executá-la.
Existe uma tendencia para " dizer que somos", para "dizer que fazemos".
Tudo se torna diferente quando é preciso "ser", ou quando é preciso "fazer".