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Foi aprovado em Conselho de Ministros o novo regime jurídico da habilitação profissional para a docência.
Trata-se de uma enorme machadada na qualidade do ensino. Não é possível a alguém ter capacidade de dominar os conteúdos científicos de todas as áreas do 2º ciclo e ainda poder ser professor do 1º ciclo.
Se neste momento já eram visíveis as dificuldades de alguns docentes no 1º ciclo, em abordarem de forma segura os vários conteúdos, sendo mais notável o que se passa com o ensino da matemática e das ciências, a aplicação deste novo diploma vai ser a generalização da ignorância
Quando se lê no comunicado oficial do Conselho de Ministros que,
“esta mudança demonstra o esforço de elevação do nível de qualificação do corpo docente, com vista a contribuir para a qualidade da sua preparação e para a valorização do seu estatuto socioprofissional"
fica-se perplexo.
Ou pensam que somos parvos, ou querem fazer de nós parvos, ou os parvos são outros, embora não tenham consciência disso.
Só quem olha “de cima”, quem não frequenta o dia a dia das escolas, quem não vê o que os filhos vivem nas salas de aula, pode achar que se vai melhorar a qualidade do ensino com esta polivalência.
Esta legislação é o resultado da conjuntura económica. Se um professor puder deslocar-se nos diferentes níveis, permitindo a sua deslocação para o nível e área disciplinar para onde existir falta de docentes, poupa-se dinheiro.
Não existe, como é óbvio, qualquer preocupação com a qualidade do ensino que irá degradar-se. Apenas se arranjou um meio de diminuir os custos. As consequências não interessam
Se a crise económica se mantiver não tenho dúvidas que esta situação irá ser alargada, com as devidas adaptações, aos outros níveis de ensino e não tardará muito a ver-se um professor capaz de leccionar em simultâneo inglês, história, matemática e programação de computadores.