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Os professores manifestaram-se contra a burocratização da avaliação e a aplicação de itens de avaliação absurdos e injustos, que avaliam tudo menos a qualidade das aulas e o trabalho lectivo. Os professores manifestaram-se contra uma divisão de carreira iníqua, que não premeia quem quer ser professor dentro da sala de aula, restringindo-lhe um final de carreira ao fim de 20 anos de serviço, caso não queira ser titular, ou caso não o consiga.
De tudo isto, o que fica no famoso acordo entre os sindicatos e o governo.
Fica tudo na mesma. Mantém-se a avaliação burocratizante com todos os seus itens injustos e a actual carreira.
Não houve uma réstia de vitória na posição dos sindicatos em relação a estes pontos.
Foi a cedência total ao que o governo impôs e a aceitação do modelo de avaliação.
As palavras de ordem, “Só é derrotado quem desiste de lutar”, nem sempre são verdade. Também se pode ser derrotado quando se aceita uma rendição humilhante.
Quando se houve agora falar de esmagadora concordância dos professores em relação a texto acordado, seria bom apresentar números. Quantos professores votaram favoravelmente a posição dos sindicatos nas diversas reuniões realizadas nas escolas. Esses números existem. Seria importante torná-los públicos, contrapondo-os ao número dos manifestantes.
Os sindicatos aproveitaram uns rebuçados distribuídos pelo ministério, em que apenas o rebuçado da componente mínima não lectiva para trabalho individual me parece relevante.
Começa-se a perceber o que queria dizer José Sócrates quando afirmou não confundir as posições dos professores com as posições dos sindicatos dos professores.
Ele sabia do que falava..