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Este é o resultado do processo de desconsideração dos professores por parte do poder político e de desresponsabilização dos alunos e dos seus encarregados de educação. É o caminho onde tem conduzido a burocratização dos actos disciplinares na escola.
Não é um caso isolado. Na turma estava quem aplaudisse e apoiasse a colega. Basta ouvir os comentários de quem filmava ou de quem assistia, e a atitude solícita de uma outra aluna que tentava afastar aqueles que queriam acalmar a "adolescente rebelde".
Não sei se alguma vez iremos saber o resultado do inquérito que foi aberto, mas será muito importante que os resultados, quanto todo o processo estiver terminado, sejam conhecidos.
Não me espantaria se a a professora partilhasse pena com a aluna, no caso desta sofrer qualquer penalização.
Outra vertente do caso prende-se com o silêncio da professora. É o facto mais revelador da impotência que toda a classe docente sente perante a indisciplina. Os professores sentem que não adianta apresentar participação destes casos. O resultado é nulo e surge sempre uma crítica mais ou menos velada à "incompetência" do professor.
Este caso não é único. Sei de casos em que houve agressão física e verbal e o docente não participou. Porque sabia que iria cair numa teia burocrática, porque não sentia o apoio da direcção, porque sabia que o processo daria em nada, porque tinha medo que o aluno ainda fizesse pior, ( e fá-lo-ia sem qualquer dúvida), porque sabia que não teria o apoio da cadeia hierárquica.
A situação já era má, mas o novo estatuto do aluno só a veio piorar.