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A ministra Maria do Carmo Seabra foi ridicularizada, tanto como criticada, por causa das falhas na colocação de professores, ao tempo em que governou os destinos da educação neste país. Sendo óbvio que a senhora não conseguia construir um discurso onde se percebesse um único argumento do que dizia, jamais conseguiria explicar as causas do desastre que houve na colocação dos professores nesse ano. Mas as falhas, que na altura foram muito graves, deveram-se a erros no programa informático, (que não sei se foi escolhido pela equipa dela se pela anterior), e à falta de testes que só permitiu que fossem detectadas no resultado final. Nunca ficou esclarecido quem foram os responsáveis pela aquisição do programa e porque razão os técnicos não conseguiam resolver as falhas. A equipa do ministério falhou de forma clara, mas não sei se qualquer outra equipa não teria cometido os mesmos erros. De qualquer modo, no final, houve a tentativa, não sei se conseguida ou não, de tentar remediar os erros, colocando por vezes professores em locais onde já não havia vagas, mas a que eles tinham direito pelo lugar que ocupavam na lista graduada. Pode-se criticar a falta de capacidade a ministra, mas acabou por reconhecer as falhas e tentou remediá-las.
Houve erros, mas terão sido cometidos de forma involuntária.
A questão que se passou com os exames no final do ano lectivo anterior é diferente. Houve uma acto voluntário da equipa ministerial, sancionado pela promulgação do Decreto-lei pelo Presidente da República, que produziu e continua a produzir uma série de injustiças. Ninguém, à excepção dos políticos do ministério e do Presidente da Republica, percebeu qualquer razão de ordem técnica ou pedagógica que pudesse conduzir a dar a possibilidade de repetir aqueles exames específicos. Continua a ser uma atitude incompreensível. Se a decisão tomada o ano passado criou milhares de situações injustas, cada decisão de repetir os exames, que os tribunais estão a tomar, duplica essas injustiças. E a culpa é da equipa do ministério, não é dos tribunais que apenas vêm afirmar que a decisão, na forma em que foi tomada pelo Ministério, foi ilegal.
Comparando as atitudes das duas equipas governativas, sem dúvida que estamos neste momento perante uma situação de maior gravidade, pois resulta de uma atitude voluntária e que todos, excepto os próprios, diziam que era injusta.
Mas,…perante o silêncio disfarçado que a comunicação social dedica a este tema, não há dúvida que mais vale cair em graça do que ser engraçado.