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Embora o tempo seja de férias, para alguns, fica aqui a referência a um artigo, (Atentados ao Choque Tecnológico? - De “Reforma” em “Reforma”..até à Aposentação final), que aborda o grave problema que está a ocorrer no ensino das ciências exactas.
A curto prazo as consequências serão desastrosas para o país.
As actualizações do Quadro sofrerão alguma descontinuidade nos próximos tempos.
Boas férias para todos.
Continuo a ouvir o Fórum da TSF e cada vez mais me convenço que os políticos, mas não só, que falam de educação não percebem nada do que estão a falar.
Ouvem-se opiniões sobre os exames do 12º ano, como sendo provas que dão acesso ao ensino superior, menorizando os exames do 11º ano, e não percebendo que também são exames de acesso. Há muita gente a falar sobre este assunto que ainda não percebeu que estes exames do 11º ano são as provas específicas que os alunos vão utilizar no acesso ao ensino superior no próximo ano lectivo.
Imaginemos que dou um teste e que os alunos acham que há algumas questões mal elaboradas que os conduziram a maus resultados. Eu digo-lhes que não, vou argumentando com a negação das suas afirmações sem me justificar, e depois, digo-lhes que após o final do ano lectivo, quando já tudo estiver terminado estou disposto a discutir e a analisar as reclamções.
Ridículo, não é verdade?
Pois o PS decidiu, (acabei de ouvir no Fórum da TSF da boca de uma deputada deste partido), que a senhora Ministra da Educação vai ao parlamento justificar a sua actuação relativamente à repetição dos exames, quando todo o processo estiver terminado.
Nesse momento tudo estará finalizado, os que foram beneficiados calar-se-ão e apenas os outros, já em menor número, protestarão, mas já sem poder reivindicativo.
Metodologia primorosa do ponto de vista de fuga às responsabilidades políticas, mas deplorável do ponto de vista do respeito pelos direitos dos cidadãos.
O Ministério da Educação encontrou mais uma estrutura do sistema educativo português que anda a "marchar com o passo trocado".
Desta vez é o CNAES (Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior). Esta comissão sugere o alargamento da possibilidade de repetir exames a todas as disciplinas, ou pelo menos, naquelas em que existem exames de dois programas.
Como seria de esperar a resposta é negativa. Para o Ministério da Educação a CNAES não tem razão.
A decisão do Ministério da Educação relativa à possibilidade de os alunos poderem fazer os exames da 2ª fase nas disciplinas de Física e de Química, veio demonstrar a falta de confiança que os portugueses têm nos políticos.
Muitas pessoas não acreditam que os motivos indicados sejam os verdadeiros. Que há algo mais.
Porque será que as pessoas, ( e já constatei que são muitas), pensam assim?
Talvez porque a explicação é embrulhada, incoerente e não aplica o mesmo critério a situações idênticas.
Eu prefiro pensar que tudo não passa da incapacidade de decidir correctamente e de conseguir traduzir de forma compreensível por todos os fundamentos da decisão.
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A responsável pelo GAVE, Glória Ramalho, insiste hoje no seu já conhecido discurso. O problema está nos alunos, nos professores e nos autores dos manuais. Nenhum destes actores ainda se conseguiu "apropriar" (sic) dos novos programas.
Todos têm o passo trocado excepto os que elaboraram os exames e os seus absurdos critérios de correção. Esses, na opinião de Glória Ramalho, serão os únicos que se "apropriaram" dos novos programas.
O nome das pessoas, todos sabemos, tem a sua importância na sociedade. Por vezes o nome abre imensas portas. Hoje descobri que o nome também tinha a sua influência nos resultados dos exames. Num determinado exame, os nomes começados pelas primeiras letras do alfabeto foram nomes de "plebe". Os seus detentores baixaram em relação à classificação de frequência. A partir do meio do alfabeto começaram os nomes pertencentes ao "jet-set", aos "nomes de família, etc, que vê as portas a abrirem-se à sua frente. Para estes as notas de exame subiram em relação à classificação da frequência.
Nem o anonimato consegue iludir a classe do nome!
Se não fosse quase trágico,( e só quem hoje viu alunos, que durante dois anos se esforçararm ao máximo, com as lágrimas nos olhos, é que pode compreender), dariam para rir as declarações de Glória Ramalho, responsável do GAVE.
Os erros cometidos foram muitos, e alguns nem sequer são da sua responsabilidade, mas tentar branquear desta forma estes resultados, (tenho dúvidas se não serão os piores de sempre), é insultuoso.
Haja decoro!!!