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Quarta-feira, 16 de Abril de 2008

A derrota

Os professores manifestaram-se contra a burocratização da avaliação e  a aplicação de itens de avaliação absurdos e injustos, que avaliam tudo menos a qualidade das aulas e o trabalho lectivo. Os professores manifestaram-se contra uma divisão de carreira iníqua, que não premeia quem quer ser professor dentro da sala de aula, restringindo-lhe um final de carreira ao fim de 20 anos de serviço, caso não queira ser titular, ou caso não o consiga.

De tudo isto, o que fica no famoso acordo entre os sindicatos e o governo.

Fica tudo na mesma. Mantém-se a avaliação burocratizante com todos os seus itens injustos e a actual carreira.

Não houve uma réstia de vitória na posição dos sindicatos em relação a estes pontos.

Foi a cedência total ao que o governo impôs e a aceitação do modelo de avaliação.

As palavras de ordem, “Só é derrotado quem desiste de lutar”, nem sempre são verdade. Também se pode ser derrotado quando se aceita uma rendição humilhante.

Quando se houve agora falar de esmagadora concordância dos professores em relação a texto acordado, seria bom apresentar números. Quantos professores votaram favoravelmente a posição dos sindicatos nas diversas reuniões realizadas nas escolas. Esses números existem. Seria importante torná-los públicos, contrapondo-os ao número dos manifestantes.

Os sindicatos aproveitaram uns rebuçados distribuídos pelo ministério, em que apenas o rebuçado da componente mínima não lectiva para trabalho individual me parece relevante.

Começa-se a perceber o que queria dizer José Sócrates quando afirmou não confundir as posições dos professores com as posições dos sindicatos dos professores.

Ele sabia do que falava..

publicado por Paulo às 10:05
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Domingo, 23 de Março de 2008

Março de 2007. Lembram-se....?

Como enfrentar a indisciplina?

Como enfrentar um grupo de alunos perturbador e malcriado que não aceita ordens?

Esta poderá ser uma forma?

Quem acusa a professora da  escola Carolina Michaelis de ter descido ao nível dos alunos, ou acusa os professores manifestantes  de holligans, deve ver primeiro estas imagens.

publicado por Paulo às 13:57
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Quinta-feira, 20 de Março de 2008

O Estado a que chegámos

Este é o resultado do processo de desconsideração dos professores por parte do poder político e de desresponsabilização dos alunos e dos seus encarregados de educação. É o caminho onde tem conduzido a burocratização dos actos disciplinares na escola.

Não é um caso isolado. Na turma estava quem aplaudisse e apoiasse a colega. Basta ouvir os comentários de quem filmava ou de quem assistia, e a atitude solícita de uma outra aluna que tentava afastar aqueles que queriam acalmar a "adolescente rebelde".

Não sei se alguma vez iremos saber o resultado do inquérito que foi aberto, mas será muito importante que os resultados, quanto todo o processo estiver terminado, sejam conhecidos.

Não me espantaria se a a professora partilhasse pena com a aluna, no caso desta sofrer qualquer penalização.

Outra vertente do caso prende-se com o silêncio da professora. É o facto mais revelador da impotência que toda a classe docente sente perante a indisciplina. Os professores sentem que não adianta apresentar participação destes casos. O resultado é nulo e surge sempre uma crítica mais ou menos velada à "incompetência" do professor.

Este caso não é único. Sei de casos em que houve agressão física e verbal e o docente não participou. Porque sabia que iria cair numa teia burocrática, porque não sentia o apoio da direcção, porque sabia que o processo daria em nada, porque tinha medo que o aluno ainda fizesse pior, ( e fá-lo-ia sem qualquer dúvida), porque sabia que não teria o apoio da cadeia hierárquica.

A situação já era má, mas o novo estatuto do aluno só a veio piorar.

publicado por Paulo às 18:32
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Terça-feira, 18 de Março de 2008

O próximo passo

Se à formação aqui anunciada não for dado um carácter de obrigatoriedade, a  adesão ou a recusa de inscrição dos professores nesta acções de formação será um bom indicador da vontade de continuar a lutar e da convicção dos docentes na  luta contra este modelo de avaliação.

O que se passar neste âmbito poderá ser o "passo seguinte" depois da manifestação. Os sindicatos e movimentos não sindicais deveriam tomar posição sobre o assunto.

 

publicado por Paulo às 19:07
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Domingo, 2 de Março de 2008

Não será um caso de impedimento?

Há uma situação que gostaria ver esclarecida por quem de direito, e que não vi ser formulada em termos públicos pelos representantes dos professores.

Vou transcrever um excerto do CPA.

 

 Código do Procedimento Administrativo:

SECÇÃO Vl – Das garantias de imparcialidade

Artigo 44º

Casos de impedimento

1-Nenhum titular de órgão ou agente da Administração Pública pode intervir em

procedimento administrativo ou em acto ou contrato de direito público ou privado da Administração Pública nos seguintes casos:

a) Quando nele tenha interesse, por si, como representante ou como gestor de negócios de outra pessoa;

c) Quando, por si ou como representante de outra pessoa, tenha interesse em questão semelhante à que deva ser decidida....

 

A  forma como a avaliação será feita merece-me a seguinte reflexão.

A – Os professores avaliadores também são avaliados.

B – A atribuição da classificação de Muito Bom e Excelente  está sujeita a quotas.

C – Da leitura do decreto que determina a delegação de competências é fácil constatar que cerca de 10% dos professores de uma Escola/ Agrupamento serão avaliadores.

D – Embora ainda não sejam conhecidos os valores das quotas, não será difícil prever, tendo em conta o que se passa na restante função pública, que esse valor não será muito superior a 10%.

E – Os avaliadores formam um grupo constituído exclusivamente por nomeação, que se endoavalia, com excepção dos 6, (ou 4), coordenadores que serão avaliados por inspectores.

F – Quanto menos classificações de Muito Bom e Excelente os avaliadores propuserem, mais sobrarão para si no momento do rateio.

 

Será que isto não é uma  violação das alíneas a) e c) do art 44º do CPA? Não é óbvio que os avaliadores podem ter interesse em não atribuir as classificações mais elevadas e sujeitas a quotas?

Será que o Decreto Regulamentar 2/2008, de 10 de Janeiro, está conforme coma aplicação do Código do Procedimento Administrativo no que concerne à situação acima exposta?

Eu não tenho dúvidas. Não dúvido que existe interesse do avaliador na classificação que atribui. Mas a minha certeza de nada vale.

Prevejo muito traballho para os tribunais administrativos.

publicado por Paulo às 11:40
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Sexta-feira, 29 de Fevereiro de 2008

O futuro está aí.

enquanto eles, do alto inacessível das suas alturas,

foram caindo,

caindo,

caindo,

caindo,

caindo sempre,

e sempre,

ininterruptamente, na razão directa dos quadrados dos tempos.”

 

Extracto de

Poema para Galileu, de António Gedeão

 

Começa a haver quem já esteja a mostrar aquilo que pensa que deve ser uma escola.

O diploma  da avaliação docente, além de apresentar alguns parâmetros que não são aplicáveis a todos os professores; outros que têm uma aplicação favorecedora de determinadas situações particulares, criando injustiça na sua aplicação;  e ter parâmetros que não são quantificáveis, ficando a classificação dependente da análise individual do avaliador, das suas opiniões, gostos, amores e ódios pessoais, vemos, agora, como mostra  um descritor proposto na escola Correia de Mateus, serve para intimidar e calar as vozes dissonantes.

«Verbaliza a sua insatisfação/satisfação face a mudanças ocorridas no Sistema Educativo/na Escola através de críticas destrutivas potenciadoras de instabilidade no seio dos seus pares».

Este é o descritor que segundo ouvi, nas palavras da ministra da educação quando comentava o caso, terá sido reprovada no Conselho Pedagógico.

Mais do que a gravidade do caso, entristece-me que haja uma pessoa, (ou mais, se a grelha tiver sido um trabalho de equipa), a pensar desta forma e a querer dirigir uma escola nestes termos.

Desta vez foi reprovado, mas quando, com o novo modelo de gestão, a maioria dos elementos do Conselho Pedagógico for nomeada directamente pelo Director, um parâmetro com este teor passará sem dificuldade.

Restará sempre o apelo aos tribunais, devido à sua provável inconstitucionalidade ou ilegalidade. Mas enquanto tal não acontecer as vozes serão amordaçadas, silenciadas e atemorizadas.

Este é um exemplo claro da Escola que poderá estar a chegar. A mesma Escola onde se deverão ensinar a cidadania e os valores da liberdade.

Claro que o contra-exemplo pode ser uma boa metodologia.

Quando se sabem notícias destas, apetece-me sempre ouvir esta música.

publicado por Paulo às 15:41
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Domingo, 24 de Fevereiro de 2008

Será que já batemos no fundo?

Ontem, sábado, no Porto, convocados por SMS, algumas centenas de professores juntaram-se para protestar  contra a política de educação do governo.

Considerou a polícia que se estava perante uma manifestação não autorizada e alguns agentes compareceram no local.

Segundo relataram as televisões, nada de anormal aconteceu até os jornalistas começarem a recolher depoimentos. Nesse momento, e com a reunião já desmobilizada, a polícia resolveu identificar as pessoas que prestaram declarações.

A justificação apresentada pelas autoridades deverá ficar para a história da democracia. O comissário afirmou  que tendo que identificar alguém, optava pelas pessoas que tinham prestado declarações à comunicação social.

O vídeo da notícia também pode ser visto aqui.

A mensagem é do tipo : “protestem, mas …baixinho, sem câmaras nem microfones”.

Lembrei-me de um excerto de um filme  sobre o 25 de Abril, ( penso que produzido pela SIC em 2004), em que Salgueiro Maia diz, no discurso de mobilização aos soldados que na parada iriam partir para Lisboa, que “há o estado comunista, o estado socialista, o estado fascista e o estado a que nós chegámos”.

( Se o texto não for este, será outro muito semelhante, pois faço a citação de memória).

Este é realmente o estado a que nós chegámos.

Será que já batemos no fundo?

publicado por Paulo às 11:44
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Domingo, 17 de Fevereiro de 2008

Uma acção de formação

A reunião que o secretário-geral do PS realizou no sábado com “professores socialistas”, teve, lendo os relatos que surgem hoje na imprensa, a função de doutrinar os comissários políticos.

Do que se sabe da reunião, fica a ideia que houve preocupação com as eleições do próximo ano e não com a qualidade das reformas a serem feitas. O secretário-geral do PS foi apresentar argumentos, não foi pedir sugestões de melhoramento da lei.

Repetindo uma frase que ouvi: " foram a uma acção de formação".

Na avaliação já se verificou que não há intenção de alterar o que de injusto tem a sua aplicação. Talvez quando dentro de 2 ou 3 anos começarem a manifestar-se alguns dos aspectos perversos da actual regulamentação, um outro qualquer ministro tenha que fazer as alterações. Entretanto, algumas situações agravar-se-ão e injustiças serão cometidas.

No que diz respeito ao diploma da gestão, acredito que ainda haja algumas mudanças ligeiras em relação ao projecto apresentado, depois da reunião que irá ocorrer entre a equipa ministerial e o Conselho das Escolas, que parece ser, neste momento, o único interlocutor que o Ministério da Educação escuta
publicado por Paulo às 21:36
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Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2008

Três notas soltas

Nota 1

Contava-me uma colega, que corrigiu um teste de um aluno que respondeu a todas as questões, não ultrapassando no entanto os 3 valores na escala de  0 a 20.

Também a mim já me sucederam situações semelhantes. O aluno responde errado e muitas vezes a resposta nem sequer é adequada às questões, aparentando no entanto, nas várias páginas que escreve, uma enorme convicção no vazio das suas respostas.

 

Nota 2

Hoje à tarde vi o debate na Assembleia da República. Assisti às respostas dadas pelo primeiro-ministro às questões colocadas sobre a avaliação dos professores.

 

Nota 3

O cérebro humano é uma máquina misteriosa. Faz relações incompreensíveis.

publicado por Paulo às 20:59
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Sábado, 9 de Fevereiro de 2008

Terminar a tarefa

Quando foi feita a substituição do ministro da saúde e da ministra da cultura, ouvi um colega comentar que a ministra da educação não tinha sido substituída porque ainda não estava “todo o serviço feito”.

Lendo título do jornal Público de hoje, “Municípios podem vir a tutelar professores”, dá para perceber o que falta fazer.

música: ministra da educação, escola
publicado por Paulo às 12:08
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